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terça-feira, 10 de junho de 2014

Dojô Kodokan - O inicio do Judô

Dojô Kodokan

Com o propósito de desenvolver um físico saudável, a educação intelectual e moral e como objetivo final de aprender o caminho da vida do homem, em maio de 1882 o Prof. Jigoro Kano, com 23 anos e recém formado em Literatura na Universidade de tókio, fundou o Kôdôkan (1ª Academia de Judô) no Eishôji (Templo Eishô), em sala de aula de estudo de 12 tatamis, iniciando o ensino do Jûdô com 9 alunos.


A partir daí, no aspecto das técnicas, com base nas pesquisas realizadas cientificamente e com as criatividades foram estruturadas: Kihonshisei (Postura Fundamental) com base na Shizantai (Postura Natural), modificou a maneira de segurar o uniforme, Kuzushi (desequilíbrio), Tsukuri (estruturar, preparar), KaKe (elevar o corpo com ação de suspender), Shintai (movimentação do corpo) com extrema habilidade, Taisabaki (esquiva). 
Com o aumento de alunos ele sentiu a dificuldade no ensino do Jûdô e com a finalidade de padronizar o ensino das técnicas deste, no período de 1884 a 1885, criou o Nage na Kata e o Katame na Kata.
Como o Randori é realizado com bases nesse dois katas, denominou os dois juntos de Randori na Kata e estabeleceu uma relação de Kata e Randori com a Gramática e Redação, dizendo que para poder regidir um texto bem redigido é necessário ter bom conhecimento da gramática, da mesma forma, para que possa realizar bem um Randori é necessário ter bom domínio das técnicas adquiridas através dos katas.

No dia 10 de junho de 1886, foi realizado o Campeonato da Polícia Metropolitana para escolher novo instrutor de arte marcial da academia de polícia. O Prof. Jigoro Kano recebeu convite para participar desse evento juntamente com os competidores pertencentes a diversos estilos de Jûjitsu. 
O Jûdô de Kôdôkan obteve uma vitória esmagadora, a qual foi decisiva na consolidação do Jûdô na sociedade japonesa como uma nova cultura, que até então, era ignorada pelo povo japonês. 
Abriu-se assim a primeira página da história do Judô que continuou e continuará sendo escrita no mundo todo, sendo o sonho do Prof. Jigoro Kano.

No ano de 1887, foram criados por ele, Ju no Kata, Kime e Itsutsu na Kata, O Koshiki no kata, manteve tal qual era praticado no Kitôryû com a denominação do Yoroikumiuti. 
Ainda no mesmo ano, estava praticamente estruturada as técnicas de Judô com as divisões e classificações que temos hoje.

O Judô feminino na Kôdôkan, iniciou em 1893, de maneira discreta e voltada mais para melhoria da saúde através das praticas de defesa pessoal e dos Katas.
A prática do Randori somente com autorização do médico, para assegurar integridade física delas. 
A partir de 1978, quando foi realizado 1° Campeonato Japonês de Judô Feminino, este passou a ser praticado por elas visando a parte competitiva e não somente a melhoria da saúde.

Em 1895, o Prof. Jigoro Kano criou o Gokyô, que foi reestruturado em 1920.

Nos anos de 1900 e 1901, estabeleceu dois princípios importantes relacionando à moral e ética: 

- Seiryokuzenyô (Empregar a força vital de maneira eficaz): segundo o prof. Jigoro Kano, a utilização deste príncipio não deve se limitar somente em cima do tatami para aperfeiçoar as técnicas do Judô, mas sim, empregar amplamente na vida cotidiana para exercer relacionamento positivo com as pessoas. 

- Jitakyôei (Cooperação mútua para prosperar mutuamente): esse princípio nos ensina que ninguém consegue aprender e progred
ir sozinho, a exemplo disso, na academia a pessoa para aprender determinada técnica de Judô sempre vai precisar da colaboração de outra pessoa. 
Ele enfatiza que esse princípio deva ser amplamente empregado na vida cotidiana juntamente com outro para a prosperidade da sociedade, sendo essa função do Judô na sociedade. 

Considera-se que esses dois princípios são os alicerces importantíssimos da Filosofia do Judô.

A prática de Judô nas escolas iniciou no ano de 1887, como disciplina extra curricular. 
Em 1911, como disciplina optativa. Em 1930, como disciplina obrigatória para masculino. 
Nas academias da Polícia passou a ser disciplina obrigatória na formação do policial e também no exército.

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